quarta-feira, 17 de julho de 2013

Coloristas sugerem três tipos de mechas para aderir ao ruivo

A cor está em alta e é a cara do inverno: tons de ruivos mais densos e sombrios, mas não menos quentes para equilibrar com o clima de baixas temperaturas. As madeixas avermelhadas, que imprimem atitude e uma certa ousadia, vão muito bem com roupas escuras e neutras. E ainda são mais apropriadas para as peles clarinhas, não bronzeadas ao sol, que, aliás, pode ser um inimigo e fazer com que a coloração desbote muito facilmente. Portanto, a hora é agora.

Coloristas experientes na cor sugerem as mechas como uma forma mais sutil e elegante de aderir ao visual. Aqui, três profissionais revelam suas apostas para este inverno.

Branca Di Lorenzo, do salão Crystal Hair, defende que a bola da vez no tema mechas é o tie-dye. Sim, aquela estampa manchada que faz o maior sucesso na moda e na decoração acaba de ganhar uma versão, digamos, capilar. Nesse caso, o resultado também é um aspecto manchado, em estilo dégradé.

Para chegar ao efeito, Branca usou quatro tons diferentes, entre louro escuro e acobreado dourado, no cabelo da estudante Marianna Fernandes. Primeiro, demarcou as mechas e as coloriu num tom claro. Depois, todo o cabelo ganhou um banho avermelhado. Dessa forma, as mechas apareceram em nuances ruivas mais claras, contrastando com o resto das madeixas.

O dégradé do tie-dye é bem diferente das famosas mechas californianas ou ombré (quando parece que as pontas do cabelo foram mergulhadas em um balde de tinta). O cabeleireiro Tiago Parente, que atende suas clientes estreladas no mesmo andar que Branca, no Crystal Hair, acabou de voltar de Paris com a novidade e define: o resultado é bem mais sutil.

— Você não sabe muito onde as mechas começam ou terminam, mas repara que a raiz está mais escura, e as pontas, mais claras — diz Tiago.

Para Branca, o maior perigo na hora de pintar os fios de vermelho é eles acabarem puxados para o rosa.

— Nossa, vejo muito por aí: é um erro do colorista — aponta. — O cuidado maior na manutenção é para que não desbote muito. E, por se tratar de uma cor com muito pigmento, isso acontece com mais rapidez.

A primeira providência é deixar os fios o menos possível expostos diretamente ao sol. A colorista Adriana Patatt, do salão Visage Coiffeur, na Lagoa, ressalta ainda que um xampu e um leave-in próprios para cabelos tingidos também ajudam a protegê-los.

O método usado por Adriana para desenhar as mechas na tradutora Maíra Mello foi semelhante ao de Branca. Já o resultado foi uma aparência bem natural e mais homogênea. A colorista começou fazendo diversas mechinhas mais claras, em um tom de mel. Na sequência, no lavatório, lançou mão de um tonalizante ruivo intenso.

— Fiz mechas por igual, em diagonal de trás para frente. A intenção foi iluminar o rosto — conta a colorista. — Esse tipo de mecha se mistura mais ao resto do cabelo e combina bem para as cacheadas.

Já Vera Mosconi, que tem um salão no Leblon, apostou no estilo bicolor, totalmente demarcado. A parte da frente do cabelo da engenheira ambiental Aline Moçores foi dividida em linhas retas e tingida de vermelhão. O resto continuou castanho.

— Não cheguei a descolorir porque ela tem o cabelo virgem, não foi preciso — conta Vera. — Apenas apliquei a tinta diretamente.

Um pequeno chumaço na nuca também foi pintado para aparecer cada vez que a moça prender o cabelo.


Fonte: O Globo

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