No universo da coiffure, não há frase mais ultrapassada do que: “Mulher só fica feminina com os cabelos compridos”. Se nos anos 1980 elas usavam os fios curtos para masculinizar o visual e lutar por condições iguais às dos homens no mercado de trabalho, hoje as madeixas reduzidas voltaram à moda por serem chiques e sinalizarem a democracia.
Um dos cortes mais populares dentro dessa proposta é o joãozinho. No Brasil, ele chamou atenção por ter sido adotado recentemente pelas atrizes Bárbara Paz, Andréa Beltrão e Bruna Linzmeyer. Outra representante é Emma Watson, estrela da cinessérie Harry Potter. “Essas mulheres provam que o joãozinho tem lugar de destaque no mundo da moda”, afirma Ricardo Moreno, coordenador-regional da Intercoiffure no Rio de Janeiro e proprietário do RM Trends.
Mulheres de personalidade forte, entre 25 e 50 anos, são as que mais procuram pelo corte. De executivas a estilistas, elas têm em comum o “girl power”, aquela vontade de se sentir poderosa e exteriorizar isso. Ainda assim, pelas mãos de um bom visagista, é possível atingir outros nichos com o mesmo corte, entre eles o de mulheres casuais, elegantes, românticas, sexies e tradicionais.
Joãozinho para Mariazinhas
Qualquer mulher pode aderir à moda sem correr o risco de masculinizar a produção? Sim, sobretudo as mais jovens. Técnicas para compor o corte não faltam: elas variam de acordo com o formato do rosto, mas a dica é manter o volume na parte superior, para ficar feminino. Outras sugestões são modelá-lo com projeções diagonais, deixar mais curto atrás e cortar uma franja. Rostos hexagonais, retangulares e afinados ganham um charme extra quando combinados com o joãozinho.
Para não correr o risco de deixar o novo visual masculinizado, tanto a nuca, quanto as áreas atrás das orelhas e as costeletas devem ter um acabamento suave, diferente do barber shop masculino, que delimita bem onde a forma termina.
As franjas definitivamente são uma boa opção, mas seu uso deve ser determinado pelo formato do rosto. Quem possui a face arredondada pode apostar laterais mais longas; o rosto quadrado precisar dispensar a franja; o retangular pode investir nos desfiados nas laterais e atrás; e o triangular investe no o estilo liso até as mandíbulas.
Hoje, navalhete e as tesouras desfiadeiras são os instrumentos mais utilizados pelos profissionais para esse tipo de corte. Mas o hairstylist Robson Trindade alerta: “Navalha é restrita a cabelos lisos. Nos ondulados, cacheados e crespos, não pode”.
Se estendermos o assunto para as colorações, saiba que cabelos curtos permitem mudanças mais frequentes de cor. A cliente cansou da imagem? Sugira uma tonalização, algumas luzes ou até uma coloração 3-D! “Em cabelos grisalhos, tons frios, como marrons ou luzes platinadas, ‘vestem’ o corte joãozinho com perfeição”, sugere o hairstylist Jonathan Wagner Talala. Moreno adiciona à lista um belo color block e a técnica baby sun, que confere um leve aspecto dourado nas pontas.
Também vale aconselhar a cliente a usar e abusar de make-ups e acessórios como fivelas, pontos de strass, tiaras e grampos, que ressaltam a nova vida dos fios. Sobre o medo das brasileiras adotarem um corte curto, Talala explica que, a partir do momento em que cortam pela primeira vez, dificilmente elas voltam ao cabelo longo. Seguindo todas essas dicas, o joãozinho se tornará o queridinho das Flávias, Danielas, Camilas, Priscilas...
Fonte: Revista Cabeleireiros
Um comentário:
Eu adoro o cabelo curtinho....acho lindo !
Pathy
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