Cacheados, lisos, ondulados, arrepiados, minimalistas, volumosos... Quantas possibilidades existem para o cabelo? Infinitas. E o mérito disso – além do corte bem-feito – é do estilo. Um conjunto de criatividade, técnica e produtos específicos
por Adriana Abbena e Shâmia Salem
Por styling entende-se o conjunto de ações realizadas pelo cabeleireiro (ou pela mulher, em casa) antes, durante e depois do penteado (que se chama “finishing”) para proporcionar um toque especial ao corte.
Se quisermos identificar o momento em que o conceito de styling começou a ser usado, é fundamental recorrermos a Vidal Sassoon e à invenção do famoso corte, acessório inseparável da minissaia da famosa estilista Mary Quant. Estamos na metade dos anos 1960, época da swinging London, a efervescência cultural da capital inglesa – um momento em que hábitos e costumes mudariam para sempre. Nesse período, tanto na moda como no cabelo, a mulher descobriria, na liberdade, um prazer que não abandonaria nunca mais.
Segundo alguns, a verdadeira revolução aconteceu porque a nova maneira de cortar os fios, de matriz inglesa, exigia também novas técnicas de secagem. Os cabeleireiros que manifestaram resistência em relação a essas mudanças tiveram que arcar com as consequências econômicas vendo filas se formarem na porta dos concorrentes.
E quais as vantagens de secar o cabelo com escova em relação aos métodos daquela época, que incluíam enormes secadores? Mais naturalidade e infinitas possibilidades de personalização de acordo com o gosto de cada cliente. Saudades do passado? “Absolutamente nenhuma, nem mesmo com as tendências de hoje, cujo estilo é menos livre, mais elaborado e feminino que o casual da época que, cá entre nós, durou muito tempo”, diz o cabeleireiro Glecciano Luz, do Espaço Glecciano Luz, no Rio de Janeiro.
Fonte: http://www2.uol.com.br/estetica/cabelo/as_mil_faces_do_styling.html
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