sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cabelos sofrem com seu estresse

Quem já não sentiu o cabelo perder o brilho e começar a cair em período de estresse? Pois é, o organismo solta “farpa” para tudo que é lado.

Em períodos de grande tensão, a pele fica com aspecto cansado, os cabelos tornam-se fracos e até as unhas tendem a lascar com facilidade. Não se trata de simples coincidência: o esforço exigido do organismo deixa-o mais debilitado, suscetível a problemas de fundo emocional, como a sudorese exagerada e as dermatites. O mecanismo gerador de todos esses inconvenientes é bastante complexo.

É o hipotálamo que recebe em primeira mão a notícia de que há perigo à vista. A informação é transmitida à glândula pituitária, que a retransmite às glândulas suprarrenais. Elas injetam na corrente sanguínea doses extras de adrenalina, de poderosa ação estimulante. A partir deste momento, todo o esforço do organismo se concentra nos músculos, que devem estar prontos a agir. Enquanto o perigo não for afastado, as demais funções orgânicas, como a digestão, ficam paralisadas.


Caso esse processo se prolongue, para não entrar em colapso por superaquecimento, o corpo começa a transpirar, uma forma natural de baixar a temperatura. Por isso é comum ficarmos com as mãos frias quando enfrentamos um momento difícil.

O corpo sente como se fosse uma só unidade

Experimentar essa overdose de emoções uma vez ou outra não causa dano. Mas ninguém resiste ao estresse por períodos prolongados. Logo aparecem os primeiros sintomas de que o organismo está sendo exigido demais: queda de cabelo, olheiras, retenção de líquidos e envelhecimento precoce da pele são alguns deles. Os músculos faciais, permanecem em estado de contração, o que facilita a formação de rugas de expressão.


O distress, como é chamada a exposição prolongada a situações de alta tensão, é bastante prejudicial. Uma das consequências mais imediatas é a diminuição na produção do zinco, que podem provocar queda de cabelo.

Mas os prejuízos não param por aí: aumenta bastante a geração de radicais livres, um dos maiores responsáveis pelo envelhecimento celular. Eles prejudicam também a permeabilidade dos pequenos vasos capilares. Para neutralizar o excesso de radicais livres, o organismo gasta mais elementos antioxidantes, como a vitamina C, nutriente importante para uma pele saudável, porque também participa da formação do colágeno.

Sinal vermelho

Como é um órgão extremamente sensível, a pele costuma ser a primeira a indicar que algo não vai bem em nosso organismo. O desequilíbrio metabólico provocado por situações estressantes manifesta-se na pele de diversas maneiras: perde o brilho, torna-se mais flácida e envelhecida, efeito direto da ação dos radicais livres. Algumas doenças, como a dermatite seborreica - descamação na testa, nariz, orelhas ou couro cabeludo (caspa) -, são desencadeadas em períodos de estresse intenso.

Os cabelos têm o seu ciclo normal de crescimento acelerado. A fase catágena, que costuma durar de uma a duas semanas, é encurtada. Os fios passam rapidamente para a telógena, quando são empurrados para fora do folículo piloso, até caírem. A alopecia areata (perda de cabelo localizada) é outra manifestação com importante componente emocional.

O estado de alerta experimentado pelo organismo também pode fazer com que as glândulas sudoríparas trabalhem mais intensamente, causando sudorese e consequente perda de elementos como sódio e potássio, que normalmente ajudam a manter o equilíbrio hídrico do corpo.

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